sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

sem uma gota de passiflora

três da manhã e meu corpo já não resiste à luta contra o frio e a vontade, natural, de... fazer xixi. me levanto, derrotada... um cobertor no alto do armário e um pulo ao banheiro tateando, tentando manter os olhos cerrados, embriagados de sono.
pronto. confortável agora.
três e cinco e os olhos estão pregados, o cobertor tem um abraço quente, mas a cabeça começa a se inquietar, pensamentos querendo saltitar, dar mãos às idéias e acordar todos à volta! querem papel, me empurram palavras e imagens, palavras e imagens, palavras, insistentes. preguiça de levantar. – é brabo, não vai escrever? depois sumimos, e aí?! – ta gostoso aqui. eles não param, peço que se aquietem, em vão, insisto... não me ouvem. – está escuro ainda, não vale à pena, vamos dormir...
nada...
o pé agora se sacode compassado. corpo vira pra lá, vira pra cá enroscando os lençóis. cabeça e pé acordados, todo o resto implora para que sosseguem.
um olhar de canto para a luz do dia nascendo na fresta da cortina. desespero. na peleja por uma horinha de sono e sonhos bons, enfio a cabeça debaixo do travesseiro abafando a luz lá de fora, resoluta.
respiro, medito. – por favor. quase imploro: aquietem-se. (será que com as novas regras isso continua a ser escrito assim?)
não funciona... seis e quarenta.
levanto, corpo sonolento, a procura da caderneta azul que me ampara nas noites insones. não acho o lápis, dormindo está, com certeza... vamos, companheiro acorde. vamos me ajude.
é gostoso esse barulhinho de lápis no papel...
mas agora o dia passa arrastado, horas lentas, olhos fundos e longe...
é preciso renovar o estoque das gotinhas.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

efeitos

falta de ar
taquicardia
confusão

olhar
empatia
inquietação

e tem cheiro a sensação
mas (me) falta pulmão