o cheiro forte do cigarro, o olhar duro. as mãos duras e fortes. um sorriso esboçado largo. era ele.
ela, com olhos de menina, sentia o cheiro do cigarro e tinha vontade de acariciar aquelas mãos. o admirava como há muito não sentia, mas não entendia o real significado de admiração. para ela já era natural se confundir e o conhaque de horas atrás – que ainda fazia efeito – anestesiava e tornava turvo qualquer entendimento plausível. platônica, se afastava.
o que ela não sabia é que nos sonhos dele ela dançava única, e que ele fumava ansioso à sua espera. que suas mãos eram assim duras, porque desejavam o toque de sua pele... e quando sorria largo era por vê-la sorrindo.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
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